terça-feira


Blablabla, o amor é tão simples… E agora eu pergunto, onde está a simplicidade?
Se damos tudo eventualmente se irão fartar porque não existe nada mais para conhecer, se não damos tudo o caminho que irá tomar será exatamente o mesmo afinal, tanto mistério cansa-lhes o cérebro.
Ainda me lembro de nos primeiros tempos sempre que falavas do futuro, de um futuro nosso, filhos, casa, envelhecermos juntos e todas essas coisas que tanto me assustavam… Quando o mencionavas eu apenas sorria, tanto fingi acreditar que isso poderia ser possível, que um “para sempre” passou a não ser totalmente absurdo mas sim algo que passei a desejar, algo pelo qual ainda hoje, talvez estupidamente, luto.
No entanto nos dias correntes se eu ouso tocar no assunto “nosso futuro” são mais as vezes que o achas absurdo que aquelas em que sorris e me abraças. Não sei porquê mas sinto que no meio desta longa caminhada, tudo que estás a fazer é ir de encontro às correntes e voltar para o inicio, onde não eramos mais que meros conhecidos, se tanto.
Se estás infeliz, se não tens tudo aquilo que queres, porque não dizes apenas? Se quiseres ir vai, não digo que não vá doer, tu sabes que vai, mais do que tudo, mas não fiques só porque pensas que eu preciso de ti, se quiseres partir, parte o quanto antes, porque cada minuto a mais é menos um pedaço da minha integridade que fica comigo e mais um que levas contigo.
Chega de mentiras, chega de não queres saber nem de mim, nem de ti em relação a mim, chega de mudar tudo que era tão cor-de-rosa no início. Se me amas, assume o papel que deves assumir e age como tal. Não mais mentiras, não mais deixares-me de fora da tua vida seja em que sentido for, não mais teres vergonha de mim, sim porque se não o tens, disfarças muito bem porque foste bastante convincente.
Dizes que eu é que nunca estou bem com aquilo que tenho mas o meu problema é que tu estás sempre bem, mesmo que com o passar do tempo mil e uma coisas se percam e fiquem no passado, um passado nosso mas ainda assim PASSADO, dás comigo em doida!
Eu amo-te, mais do que algum dia amei alguém, no entanto não quero que me magoes, não mais. E se for para estar com alguém que me mente e me magoa, alguém que não sabe gerir certas situações e que não tem noção de que numa relação às vezes temos de nos privar de certas coisas , alguém que apesar de ter uma paciência infinita não me inclui totalmente no seu mundo… Então, valerá mesmo a pena? Não estarei eu a cometer uma vez mais o mesmo erro, confiar em alguém para que essa pessoa me desiluda uma e outra vez e no final desparecer da minha vida como um manto de nevoeiro desaparece do ar, sem deixar rasto?
O amor é tão complicado… E apesar de amar alguém ser tão bom, dói, literalmente.


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