domingo

Adeus.


Chorei, não pelo que disseste, mas sim precisamente pelo que não disseste, por ter visto que esse "alguém" que se encontrava diante dos meus olhos não era aquele por quem faria tudo, não era aquele de quem tanto gosto, era apenas uma sombra do pior que dele restou, todas as memórias fluíram em segundos todas elas passaram á frente dos meus olhos, arrepiei-me pelo quão nítidas eram, pareciam reais até, mas de seguida abanei a cabeça numa tentativa de as fazer desaparecer. Estava a ser tonta, ali em frente a um corpo conhecido que agora possui uma mente que me é estranha a pedir que tu acordasses e voltasses, realizei que não querias falar, muito bem, que não o fizesses, afinal, cansei-me, cansei-me de procurar em ti algo que já não existe, fartei-me de procurar o teu verdadeiro eu, quando quem o decidiu enterrar foste tu. Então muito bem meu amigo, faz o que quiseres estraga a merda da tua vida, eu estou fora dela de vez, para garantir que não fazes com a minha aquilo que estás a fazer com a tua. Destrói-te se quiseres, mas não tentes levar, quem este tempo todo tanto se preocupou contigo, atrás de ti. Se algum dia acordares e quiseres fazer-te ouvir muito bem, eu vou estar aqui e captar cada palavra tua, mas só isso, nada mais. És fraco, és fraco ao ponto de não teres coragem para me dizeres um simples “já não te amo”, magoou mais não o teres dito do que se o tivesses feito. Cresce, para teu bem, para bem de quem te rodeia.
Tu foste, és e serás, uma das pessoas mais importantes, que mais me ensinou e mais me ajudou na minha vida e isso eu não esqueço. No final falhaste, mas acertaste muitas vezes e ao João antigo, dou mais valor que qualquer pessoa, ele tinha um coração do tamanho do mundo, apesar de agora não parecer ele era fantástico, eu tive sorte em conhecer esse teu lado, aliás eu sabia-te de cor praticamente, até a um momento. Odeio o João que me magoou, mas ainda amo e acredito mais do que jamais alguém acreditou no João que eu conheci, esse sim faz-me falta. Agora, porque assim o quiseste, e por mais que me custe, apenas me resta um... Adeus, e até nunca.

11 comentários:

  1. Penso que as relações acabam sempre assim.. quem deixa de gostar mostra alguém que não é para o outro também deixar de gostar. É estranho, é errado, mas é algo que não se consegue deixar de fazer. Não o critiques por o estar a fazer e guarda a pessoa que conheceste pois quando tudo passar irás reencontrá-lo.
    Força..

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  2. Amo os teus textos *.*
    Só te tenho a dizer: Força !

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  3. O amor, o que quer que se chame....é difícil.

    Olha desejo-te imensa coragem, e que não te deixes ir abaixo! ;)

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  4. esquece joana, adoro o teu blogue, está lindo e uma pessoa (especial para ti) me falou dele hum (: a tua irmã. Sigo, continua assim, és uma óptima escritora!

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  5. E o mais irritante de tudo
    é que o mundo gira os 360°
    apenas por ser redondo rs;)

    Intenso texto, gostei do estilo
    e do seu blog também, abraço!

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  6. Estou a seguir, gostei muito do blog :)

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  7. Todas as pessoas mudam, e quem as ama tem o dever de acompanhar até aos devidos limites. O amor consiste em ultrapassar a linha que separa o mudar de estilo ao mudar de personalidade. Afinal, se o amor for amor, ele voltará para apagar o fim que houve, e criar um sempre que ainda está por construir.
    Gostei muito. (:

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A arte de expressar é uma arte sem pés nem cabeça, mas com todo o sentido do mundo. Por isso, expressa-te. :)